5 startups de jornalismo e uma lição de negócios

startups de jornalismo

Anualmente, o Reuters Institute for the Study of Journalism publica um relatório de tendências para mídia – a propósito, os insights para negócios de jornalismo expostos no relatório foram tema da newsletter de janeiro. Neste ano, uma das seções se dedicou a listar cinco startups de jornalismo que merecem atenção ao longo de 2019. E eis que lá estava mais um insight escondido, quase como um easter egg.

As cinco empresas mencionadas oferecem produtos ou serviços distintos, mas têm um ponto em comum: nenhuma tem a produção de notícias como atividade. Elas exercem uma função importante dentro do ecossistema de jornalismo, seja atendendo a necessidades de leitores ou de outras empresas de informação, mas não produzem notícias.

São, desse modo, um bom estímulo para ampliar o horizonte de quem pensa em empreender no jornalismo ao mostrar que um negócio de jornalismo não se limita a um negócio de conteúdo, principalmente nos dias de hoje, quando os recursos tecnológicos facilitam a exploração e execução de ideais antes inimagináveis, e os desafios e demandas da indústria são muitos.

No caso das startups de jornalismo em questão, há uso de algoritmos, inteligência artificial e big data por trás das propostas do negócios que tentam atender a demandas críticas da indústria de notícias hoje, como monetização de conteúdo para publishers e curadoria de informação para leitores.

As startups de jornalismo destacadas pelo Reuters Institute

Conheça abaixo as cinco startups de jornalismo listadas no relatório e leia aqui o estudo completo.

Kinzen. Aplicativo para curadoria e recomendação de notícias por parte dos próprios usuários, de modo a criar fluxos de leitura mais significativos, em contraponto à profusão de notícias presente na timeline das redes sociais.

Curio. Assim como o anterior, o Curio também é um app de curadoria de conteúdo informativo. Porém, ele tem um foco mais específico: somente conteúdo em áudio dos principais jornais do mundo.

Agate. Plataforma para consumo de conteúdo premium de sites fechados por pay-wall. É possível pagar por cada artigo lido ou então uma taxa fixa para uso por um período de tempo determinado.

Vigilant. Banco de dados que reúne documentos públicos dos Estados Unidos em tempo real. A ideia é facilitar para os jornalistas a tarefa de encontrar pautas em potencial.

Spaceship Media. Formação de comunidades de leitores com visões políticas/ideológicas diversas para romper com as bolhas de informação criadas pelos algoritmos das redes sociais.

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